A reduzida autonomia estratégica do sector da grande indústria naval em Portugal, nas condições em que este sector opera desde a década de 1970, implica que as linhas de acção que podem ser propostas estejam orientadas para o seguinte:
- a manutenção de recursos, equipamentos, instalações e qualificações e pressão política ao nível europeu, na expectativa de que uma nova política europeia integrada permita resolver a carência principal que é a insuficiência do mercado, actuando em três dimensões:
Nestas três dimensões, a prioridade deverá ser atribuída à primeira, no sentido em que é esta que pode ser configuradora do mercado. No entanto, não é provável que todos os operadores neste sector que actuam no interior da União Europeia cheguem a um acordo funcional neste domínio no curto prazo, pelo que se deve esperar que o processo de formação de centros estratégicos continue a ser alimentado por fusões de empresas, por falências e por reestruturações e por transferência dos activos para entidades administrativas que depois os alugam a operadores que estejam interessados em operá-los em períodos delimitados. - mais do que construção trata-se de uma aposta clara no desenvolvimento do mercado de reparação quer de grandes unidades (navios, plataformas energéticas), quer de embarcações de recreio e marítimo-turísticas quer de pesca; - a aposta na criação e desenvolvimento das actividades de construção, reparação e manutenção deve ser sempre entendida como actividade de apoio aos outros componentes do Hypercluster do Mar, nomeadamente da pesca e da náutica de recreio e turismo náutico. Assim as principais actividades a considerar neste componente são as seguintes:
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1 - Criação de condiçőes para a modernizaçăo, reconversăo e criação de estaleiros (para novas actividades)
2 - Especialização e integração em rede dos estaleiros nacionais 3 - Estruturação de redes de subcontratação e flexibilização laboral do sector 4 - Criaçăo de serviços de hibernação e manutenção para embarcaçőes de recreio 5 - Um centro de racionalização económica. Refundação da Associação das Indústrias Marítim 6 - Promoçăo de um Operador Sectorial na União Europeia |