Uma estratégia para o componente Portos, Logística e Transportes Marítimos deverá ter como principal objectivo a transformação dos portos portugueses em verdadeiras plataformas logísticas integradas em cadeias logísticas internacionais, indo, assim, ao encontro das tendências de evolução que hoje marcam o sector.
A existência de portos competitivos, eficientes e capazes de atrair rotas e armadores com grandes fluxos de carga é essencial para a afirmação ou mesmo sobrevivência dos portos nacionais enquanto pólos dinamizadores de todo um cluster da economia do mar. É com efeito a partir de um sistema portuário dinâmico, integrado e altamente competitivo que se constroem rotas, atraem fluxos e criam cadeias logísticas de distribuição e transporte que arrastam um conjunto diversificado e alargado de agentes e actividades económicas. Não se trata, no entanto de uma operação linear e hierarquizada, já que estes são sistemas complexos entrecruzados, sendo exigível um nível mínimo de capacidade nos três sectores que compõem o cluster para que seja possível o seu arranque e a sua efectiva qualificação e operacionalização. Desta forma, é importante que a dotação do país de uma rede de plataformas logísticas e ligações em TMCD e ferroviárias seja desenvolvido e que esteja a funcionar a curto prazo, evitando aprofundar o atraso com que já se encontra face aos seus concorrentes mais directos, apostando num sistema portuário bem estruturado e especializado, que funcione como um todo, e não como uma série de elementos independentes e em concorrência entre si. Com efeito, em termos de estratégia nacional para um cluster Portos, Logística e Transportes Marítimos é essencial que o país funcione, ele próprio, como uma rede estruturada, organizada e integrada de serviços logísticos onde são disponibilizados serviços de forma coordenada em interligação com redes internacionais de transporte e distribuição. Para que este objectivo seja alcançado, a estratégia nacional para este cluster de actividades deverá passar necessariamente por acções em duas grandes áreas de incidência: infra-estruturas e quadro fiscal e regulamentar. No que respeita às infra-estruturas, podemos sumariar duas grandes áreas de actuação:
A alteração do quadro fiscal e regulamentar é encarada como essencial para atingir três objectivos: incentivar a transferência de carga em modo rodoviário para TMCD e Auto-Estradas do Mar; incentivar a localização de operações de shipping em Portugal e aumentar a eficiência dos portos. Também, como desenvolvido no componente Ensino e Formação, é questão fundamental assegurar o know-how necessário ao desenvolvimento destas actividades marítimo-portuárias, através do desenvolvimento do Ensino e Formação Profissionais Especializados, com certificação internacional. Assim, as propostas de acção nesta componente do Hypercluster da Economia do Mar em Portugal são a seguir apresentadas. |
1-Reestruturação e especialização da rede portuária nacional
2-Adopção de uma lógica empresarial na gestão integrada dos portos 3-Optimização da eficiência e potenciação das Estruturas Portuárias 4-Potenciação das estruturas logísticas integradas 5-Adequação da legislação e enquadramento fiscal da actividade dos transportes marítimos 6-Dinamização de projectos de Auto-estradas do Mar 7-Consolidação dos operadores nacionais |