Para aumentar a atractividade turística da cidade de Lisboa é necessário transformá-la e dotá-la de um espaço de escala apetecível para as embarcações de recreio que passam ao longo da costa portuguesa, e num porto de partida/chegada para viagens de cruzeiro (e não apenas porto de escala), beneficiando do grande valor acrescentado que esta alteração pode trazer do ponto de vista dos gastos dos turistas de cruzeiro (controlados pelo navio no caso das escalas) que poderão prolongar a sua estadia na região, designadamente através da oferta de serviços "pre-cruise" e "post-cruise", que correspondem a dar assistência, acompanhar e promover excursões para os cruzeiristas que vêm/vão (normalmente por via aérea) para regiões longínquas em relação à localização do porto, necessitando de aí pernoitar uma noite, pelo menos.
Para isso, é fundamental identificar um local adequado localizado, entre o centro histórico da cidade de Lisboa e a sua área monumental Património da Humanidade, que apresente condições muito favoráveis para a criação de uma porta de entrada para quem demande por mar a cidade de Lisboa: a “Porta Marítima de Lisboa”, um grande espaço de “recepção” para a navegação de recreio e para os cruzeiros turísticos que tire partido desta localização única e crie novos portos funcionais e de atracação, recuperando também os edifícios emblemáticos (característicos de uma época) existentes, alguns deles sub-ocupados e adaptando-os a estabelecimentos hoteleiros, restaurantes e comércio tanto para apoio à navegação de recreio como destinados ao turista de cruzeiro. Como já proposto aquando da apresentação das propostas de acção para o componente Portos, Logística e Transportes Marítimos, é fundamental que se proceda a uma avaliação estratégica com um estudo comparativo aprofundado, numa análise multicritério e de custos e benefícios das diferentes opções para as localizações das diferentes funções do Porto de Lisboa. Esse estudo de avaliação estratégica, como referido, deverá envolver as Administrações dos Portos de Lisboa e de Setúbal e o(s) concessionário(s) dos terminais, como também o Turismo e a Câmara Municipal de Lisboa, os agentes de navios de cruzeiro e agências de viagens e os promotores e empresários turísticos. Uma estratégia alinhada e integrada, defendendo e articulando os interesses das diferentes partes, foi possível noutros países. O porto e a cidade devem fazer parte de um único conceito e activo estratégico, potenciando os interesses de ambos, mesmo ao nível económico e financeiro, partilhando resultados. Será uma forma de reforçar o alinhamento e integração das estratégias e das acções concretas, compensando quem tem custos sociais com a partilha de rendimentos. Assim, no que respeita à localização da “Porta Marítima de Lisboa” esta terá de levar em consideração, entre outras, as seguintes opções ou alternativas:
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02.01 - Instalação e desenvolvimento de Centros de Mar
02.02 - Elaboração de um Plano Estratégico de localização e implantação de apoios à Navegação de Recreio (Marinas, Portos de Recreio, Docas, Abrigos …) 02.03 - Dinamização das actividades de Cruzeiros Turísticos 02.04 - Criação de uma rede de Apoios Náuticos 02.05 - Criação e Dinamização da “Porta Marítima de Lisboa” 02.06 - Estruturação, Desenvolvimento e Promoção de produtos turísticos ligados à Náutica de Recreio e Turismo Náutico – Plataforma de Comercialização 02.07 - Desenvolvimento de know-how e qualificação das competências de gestão e técnicas 02.08 - Adequação do quadro legislativo |