Alguns dos portos nacionais recebem já navios de cruzeiro, mas de forma incipiente, dado năo reunirem condiçőes de atractividade suficientemente interessantes para constituir grandes portos de escala, mas, em contrapartida, localizam-se junto a locais dotados de enormes recursos e produtos turísticos de elevado potencial. A dinamizaçăo das actividades de Cruzeiros Turísticos passa por tirar partido desses recursos e produtos (desportos náuticos, ecoturismo, áreas de paisagem protegida, rotas de vinhos, golfe ou património monumental) localizados na sua envolvente, em cooperaçăo com os operadores locais e regionais, para criar um novo produto turístico com características inovadoras e com factores de atractividade suficientemente fortes para cativarem os operadores deste tipo de cruzeiros, incluindo actividades alternativas, mas exclusivas (desportos náuticos, torneios de golfe, rotas de vinhos, excursões às "Cidades Património Mundial", visitas aos centros históricos) que garantam a ocupação do turista aquando da sua estada em terra.
Propõe-se, assim, que os portos de Viana do Castelo (frente ribeirinha de Viana do Castelo), Setúbal (zona da “Toca do Pai Lopes”) e Porto Santo, como exemplo, possam ser dotados de condições para constituir um novo destino de cruzeiros turísticos, onde possam aliar-se as vantagens do cruzeiro turístico a um local de férias, inesquecível, onde a natureza e o ambiente, a praia e o rio, a tradição e o desporto, deram origem a serviços personalizados e culturalmente diferenciadores, baseados numa animação permanente. Esta acção pode estender-se aos portos de Portimão (centro de mar “Porto do Barlavento”), Ponta Delgada e Funchal que actualmente já recebem navios de cruzeiro e poderão ver ampliado o seu potencial com uma oferta deste tipo. Para que esta dinamização seja efectuada em tempo útil, será necessário dar início, desde já, aos estudos e acções necessários para a sua concretização, devendo envolver-se no processo as Administrações Portuárias correspondentes, as Regiões de Turismo e Agências de Promoção Turística, as Câmaras Municipais, os agentes de navios de cruzeiro e agências de viagens, os responsáveis pelos centros e clubes de desportos náuticos e os promotores e empresários turísticos. É essencial para a viabilização desta proposta assegurar nestes portos algumas condições, nomeadamente (pelo menos), um terminal dotado de cais com cerca de 150 m ao -9,0 (ZH), de gare marítima e de área adjacente para movimentação de autocarros; comercializar os produtos/serviços num pacote completo, que vai desde o cruzeiro a uma estada em terra que pode envolver eventualmente diversas actividades e que o turista adquire nas mesmas condições em que reserva um cruzeiro; colocar este pacote no mercado com a utilização de navios de pequena ou média dimensão fretados por operadores turísticos generalistas que organizam os seus próprios cruzeiros “charters”. |
02.01 - Instalação e desenvolvimento de Centros de Mar
02.02 - Elaboração de um Plano Estratégico de localização e implantação de apoios à Navegação de Recreio (Marinas, Portos de Recreio, Docas, Abrigos …) 02.03 - Dinamização das actividades de Cruzeiros Turísticos 02.04 - Criação de uma rede de Apoios Náuticos 02.05 - Criação e Dinamização da “Porta Marítima de Lisboa” 02.06 - Estruturação, Desenvolvimento e Promoção de produtos turísticos ligados à Náutica de Recreio e Turismo Náutico – Plataforma de Comercialização 02.07 - Desenvolvimento de know-how e qualificação das competências de gestão e técnicas 02.08 - Adequação do quadro legislativo |